Como usar o ultrassom veterinário com doppler na gestação bovina?

Você sabe quais as vantagens do uso do doppler na gestação bovina?

A reprodução bovina é uma área bastante rentável e por isso, a descoberta de novas técnicas e a utilização de insumos mais sofisticados para torná-la mais eficiente é constante. Nesse sentido, o ultrassom veterinário com doppler já é uma realidade presente em criações de alto nível em todo Brasil.

Uma das aplicações do doppler na reprodução é na avaliação da gestação bovina. O equipamento pode atuar tanto identificar  ocorrência de gestação precoce, quanto no acompanhamento do desenvolvimento fetal. Neste artigo, vamos falar mais sobre o uso do ultrassom veterinário com doppler na gestação bovina e como ele pode ser vantajoso para a produção. Confira!

Ultrassom veterinário com doppler

Não é novidade que os modelos de ultrassom veterinário estão cada vez mais completos e modernos. Com isso, a chance de ter diagnósticos mais precisos e procedimentos exatos é muito maior.

Inegavelmente, um recurso que tem se tornado popular na medicina veterinária é o doppler. Trata-se uma modalidade de ultrassonografia que reproduz os movimentos das estruturas e órgãos em tempo real. Tanto por som, quanto por imagem. Dessa maneira, determina o sentido e o fluxo sanguíneo e também o seu aumento, ou diminuição em uma dada região.

Isso acontece devido a variação da frequência gerada pelo movimento, percebida por um observador próximo a fonte das ondas que estão em movimento. O efeito doppler recebe esse nome pois foi descoberto em 1852 pelo físico austríaco Johann Christian Andreas Doppler.

Graças a essa funcionalidade, consegue perceber detalhes que o ultrassom veterinário em Modo B (preto e branco) não identifica. Mais do que isso, com a formação de imagem e som, o equipamento com doppler é capaz de verificar a pulsação, a direção e a continuidade do fluxo sanguíneo.

Uso do doppler na gestação bovina

O ultrassom veterinário com o doppler é um grande aliado no diagnóstico da gestação bovina. Diferentemente do modelo tradicional que revela apenas imagens em modo B (escalas de cinza) e com isso mostra apenas o tamanho das estruturas e se elas são ou não funcionais, o doppler vai mais longe. Esse tipo de equipamento possibilita a tradução de movimentos do fluxo sanguíneo em cores e sons.

Dessa forma, é possível avaliar melhor o corpo lúteo, uma estrutura temporária nas fêmeas que surge em todos os ciclos reprodutivos após a ocorrência dos cios e a ovulação. Ele produz a progesterona, um hormônio essencial para o estabelecimento e a continuidade da gestação.

Então, se depois da monta ou inseminação artificial, a vaca fica prenhe, o corpo lúteo continua produzindo esse hormônio. Caso contrário, continua produzindo a progesterona por, no máximo, 18 dias e em seguida pode retornar ao cio.

A grande vantagem da utilização é a rápida identificação, em até 20 dias, de vacas que não foram fecundada a partir da vascularização sanguínea na região. Desse modo, com o diagnóstico gestacional super precoce, podem ser submetidas novamente à monta ou a inseminação artificial.

Além disso, não podemos deixar de citar ainda a sua utilidade no acompanhamento gestacional do animal.  Com o aparelho é possível monitorar o desenvolvimento fetal e algumas possíveis malformações. Tudo isso sem nenhum efeito colateral para o feto!

Fases da gestação bovina

Em resumo, o desenvolvimento pré-natal dos bovinos pode ser dividido em três períodos:

  1. Período de Zigoto: culmina com a união inicial do blastocisto, mas antes da circulação intra-embrionária ser estabelecida.
  2. Período Embrionário: se estende de 15 a 45 dias de gestação da fêmea bovina. É nesse período que ocorre um rápido crescimento e diferenciação, e os principais tecidos, sistemas e órgão são estabelecidos e as características da forma externa do corpo são reconhecidas.
  3. Período Fetal: se estende a partir de 45 dias e se caracteriza pelo crescimento e modificações do formato do feto.

Em todas essas fases a ultrassonografia com doppler pode auxiliar no acompanhamento gestacional e na avaliação na saúde do animal e do feto.

Outras aplicações do doppler em bovinos

Ainda na reprodução bovina, o ultrassom veterinário com doppler pode ser utilizado para realizar avaliações na dinâmica folicular, nos testículos para observar  o aparecimento de doenças inflamatórias ou ainda formações neoplásicas, que podem causar infertilidade. Ou ainda na realização do exame andrológico.

De forma resumida, o doppler pode ser utilizado nos bovinos em diversas outras estruturas. As principais aplicações são:  

  • avaliações hepáticas
  • doenças cardíacas
  • alterações gastrointestinais
  • lesões.

Felizmente, o ultrassom veterinário com doppler está se popularizando e hoje já é possível encontrar esses equipamentos em condições bem mais acessíveis do que alguns anos atrás. O grande desafio para utilizar a tecnologia da forma correta é a capacitação do profissional para manusear o ultrassom e interpretar os resultados.

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Fonte: AgroemDia