As emergências com pequenos animais exigem atendimentos rápidos e diagnósticos precisos. Para esses casos, tanto a habilidade do profissional quanto o uso de ferramentas rápidas de diagnóstico, como a ultrassonografia, podem ajudar a salvar vidas. Hoje é possível encontrar equipamentos de ultrassonografia de capacidade plena e totalmente versáteis. Esses aparelhos foram idealizados para servir bem às mais variadas aplicações na medicina veterinária. Não é a toa que a ultrassonografia é considerada como um dos melhores exames em casos emergenciais.
Existem protocolos para conduzir um caso de emergência veterinária. No entanto, neste artigo, vamos nos aprofundar no uso do ultrassom enquanto ferramenta auxiliar para identificação do estado de saúde do animal e, em alguns caos, a causa do problema.
Por isso, veja a seguir quais são as principais emergências em uma clínica de pequenos animais e como a ultrassonografia auxiliar no rápido diagnóstico.
Principais emergências em clínicas de pequenos animais
As situações de emergência em clínicas de pequenos animais são diversas, e as causas são as mais variadas possíveis. Contudo, o que não muda em nenhuma das situações é que todas representam risco de vida para os animais.
Por isso, é preciso muita atenção às causas de emergências. Entre as principais estão:
- Intoxicação alimentar ou por ingestão de substâncias tóxicas;
- Paradas cardiorrespiratórias;
- Falta de ar;
- Acidentes;
- Quedas;
- Brigas;
- Atropelamento;
- Traumas;
- Ingestão de corpos estranhos;
- Picadas por animais peçonhentos ou insetos;
- Convulsões;
- Alergias;
- Episódios epiléticos;
- Hipertermia;
- Parto;
- Obstrução do sistema urinário.
Todos esses problemas exigem um diagnóstico apurado e rápido, visto que, os efeitos podem levar o animal à óbito em pouco tempo, ou consequências permanentes.
É importante lembrar que os sintomas vão depender do tipo de emergência. Diarreia, vômito, tremores, inquietação são comuns para muitas situações, como doenças neurológicas, bacterianas, virais ou intoxicações. Os desmaios, síncopes e convulsões, podem ser indícios de problemas ainda mais graves e merecem muita atenção.
Ultrassonografia para diagnóstico de emergências
A ultrassonografia é um dos métodos de diagnóstico por imagem mais utilizados na rotina médica de pequenos animais, também em casos emergenciais.
As emergências veterinárias são situações perigosas e imprevistas que necessitam de uma solução imediata. Por isso é importante contar com um método de diagnóstico de alta precisão e agilidade, como a ultrassonografia, uma vez que permite realizar avaliações diversas, de forma rápida e com extrema precisão.
Por fornecer, em tempo real, informações precisas sobre tamanho, forma, vascularização e contornos de diversos órgãos, a ultrassonografia pode fazer toda diferença em emergências. Além disso, o exame é pouco invasivo, não utiliza radiação e é bem aceito pelos animais.
Essas características da ultrassonografia são ainda mais importantes na primeira hora após a ocorrência. Esse período, conhecido como “a hora de ouro” é considerado como o mais decisivo para tomar medidas que podem salvar o animal. Sendo assim, o diagnóstico necessita ser extremamente rápido e eficiente para que o tratamento seja efetivo.
Tudo deve acontecer preferencialmente dentro desse período de uma hora. Porém, o tempo pode ser mais longo ou mais curto para determinados animais, já que tudo depende do funcionamento do seu metabolismo e gravidade da situação.
Protocolo Fast
Para orientar os cirurgiões e médicos veterinários, sobre os riscos e a gravidade clínica dos pacientes, o protocolo FAST (Focused Abdominal Sonography for Trauma) é uma excelente alternativa. O FAST ou Avaliação Focalizada com Ultrassonografia para Trauma, funciona como um tipo de triagem para diagnóstico precoce que pode ser realizado em cerca de três minutos.
Além de ser rápida, a avaliação FAST pode ser realizada simultaneamente com outras intervenções clínicas.
Esta técnica de varredura ultrassonográfica FAST, é indicada para orientar os médicos sobre os riscos e a gravidade clínica dos pacientes e dura cerca de 3 minutos apenas. Sendo assim, não exige preparo do paciente e pode ser realizada junto ao leito ou mesmo no local do acidente. Ainda tem a possibilidade de ser feita simultaneamente com outras intervenções clínicas, ainda na primeira hora. Além disso, apresenta como benefícios o baixo risco para o paciente e o rápido encaminhamento cirúrgico. Para realizar o FAST é indicado fazer uso de aparelhos leves, portáteis, resistentes, transportáveis e com recursos variados. O paciente deve ser posicionado em decúbito lateral ou esternal quando da distrição respiratória.
Como o exame exige agilidade e precisão, o operador deve ser bem treinado para realizar todos os protocolos com segurança e padronização. Isso é extremamente importante para garantir a eficácia do protocolo.
Para saber mais sobre o assunto, leia também: Ultrassonografia Vet Blue: como fazer avaliações pulmonares de emergência em cães
Primeiros cuidados
É evidente que quanto mais ágil e assertiva for a identificação da emergência, maiores serão as chances de recuperação dos animais. Porém, nestes casos, não só os equipamentos fazem a diferença, mas principalmente a experiência, o conhecimento e a habilidade do profissional.
Em casos de emergências com pequenos animais, é fundamental instruir os tutores a não medicar o animal, nem oferecer comida. Também é preciso mantê-lo contido para que não se machuque mais ou ataque as pessoas, devido a dor e ao estresse. Dessa forma, o ideal é procurar imediatamente o atendimento de um profissional qualificado e de confiança, para garantir a segurança e o bem-estar do animal.
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Já é possível encontrar aparelhos que podem ser usados para diversos tipos de diagnósticos. Entre eles: diagnóstico reprodutivo, gestacional, abdominal, músculo esquelético, ortopédico, vascular, cardiológico, pequenas partes e órgãos superficiais. Além disso, são muito úteis para acompanhamento gestacional ou de tratamentos. E tudo com ótima qualidade de imagem, fornecendo informações precisas, rápidas e não invasivas.
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Fontes:Repositório Unesp, Clube para cachorros, CachorroGato, Conic Semesp.
