Ultrassom veterinário com doppler: por que aderir na cardiologia de pequenos animais?

cardiologia de pequenos animais

Já é um consenso que a tecnologia veio para agregar mais qualidade no atendimento dos pacientes, sobretudo na cardiologia de pequenos animais. Principalmente se levarmos em conta todos os benefícios proporcionados pelo uso do ultrassom veterinário com doppler em clínicas e consultórios.

Para entender mais sobre o funcionamento do ultrassom veterinário com doppler e por que aderir essa técnica no tratamento de problemas cardíacos em animais, leia este artigo até o final!

É fato que o doppler não é considerado algo totalmente novo na ultrassonografia veterinária. Mas, com as constantes atualizações nos sistemas operacionais dos aparelhos e, conhecendo as suas possibilidades, as chances de ter sucesso no tratamento das cardiopatias veterinárias é grande.

Principais demandas da cardiologia de pequenos animais

Os pequenos animais, especificamente os cães e os gatos, estão sofrendo cada vez mais com problemas ligados o coração. Tais doenças podem surgir em virtude da sua vida mais longa. Mas, também, pode decorrer de fatores genéticos, já que algumas raças estão mais propensas à patologia.

Uma das doenças cardíacas que acometem os cães é a degeneração das válvulas do coração, chamadas de endocardiose ou doença valvular crônica (mais frequente em animais de pequeno porte). A cardiomiopatia dilatada também é comum, porém é mais recorrente em raças grandes.

Já nos gatos, a evolução das doenças é silenciosa. Tal fato dificulta a sua identificação precoce. De toda forma, a patologia mais comum é cardiomiopatia hipertrófica.

Em ambos os casos, se as cardiopatologias não forem diagnosticadas e tratadas, a vida do paciente certamente estará em risco

Como esses problemas tendem a ser silenciosos, é importante que o médico veterinário identifique alguns sinais de que algo não vai bem, tais como:

  • Cansaço fácil
  • Dificuldade respiratória
  • Prostração e apatia
  • Acúmulo de líquido nos membros e abdômen
  • Língua arroxeada
  • Desmaios frequentes
  • Tosse seca

Ao receber um paciente nessas condições, o diagnóstico pode ser feito a partir do histórico de saúde, exame físico para a auscultação cardiorrespiratória, e aferição do pulso. Além disso, podem ser utilizadas radiografias do tórax e, principalmente, a ultrassonografia do coração utilizando o recurso do doppler.

A partir dessas informações, é possível dar início ao tratamento adequado com os pacientes

Como funciona um ultrassom veterinário com doppler?

Se pegarmos emprestado um conceito da física, podemos entender que o doppler se refere a um efeito causado pela variação da frequência sonora notada por um observador. Isso só é possível quando a distância entre ele e a fonte de ondas sonoras está em movimento, seja aumentando ou diminuindo. Tal efeito foi descoberto pelo físico austríaco Johann Christian Andreas Doppler e por isso, recebeu o seu nome.

No diagnóstico por imagem, o doppler atua como um complemento à ultrassonografia pois, enquanto ela produz imagens em movimento das estruturas e órgãos do corpo em tempo real, o recurso determina o sentido e a velocidade do fluxo sanguíneo.

Ultrassonografia doppler

O exame realizado com auxílio do doppler utiliza uma mudança na frequência de um feixe de ultrassom que ocorre quando refletido a partir de movimentos unicelulares sanguíneos. Assim, consegue medir a velocidade do fluxo sanguíneo.

Quando esses dados são reproduzidos no monitor do equipamento permite fazer uma avaliação de forma não invasiva do tempo, direção e características do fluxo sanguíneo dentro do coração e dos grandes vasos. 

Doppler contínuo

Nessa modalidade, o som é refletido de todas as áreas, até mais profundas nas quais os raios de luz penetra. Assim, a imagem do coração é obtida de forma rápida, indicando fluxo anormais. 

Doppler pulsado

No doppler pulsado, o transdutor emite pulsos de ultrassom em intervalos regulares ao mesmo tempo em que recebe o sinal refletido no restante do tempo.

No gráfico visual é possível medir uma região específica dentro do campo de imagem possibilitando a medida de velocidade do fluxo sanguíneo em uma região específica do coração. 

Por essa razão, é útil para identificar a quantidade de regurgitação valvar, na análise na análise da função diastólica dos ventrículos e

na identificação dos shunts presentes em comunicações interatriais, interventriculares e interarteriais. 

Doppler colorido

O ecocardiograma veterinário com auxílio do doppler colorido (collor doppler) constrói imagem codificada da velocidade e do fluxo sanguíneo em cores sobrepostas às imagens anatômicas bidimensionais ou em modo M do coração. A imagem obtida da velocidade é decodificada em cores e é sobreposta à imagem bidimensional.

Assim, o movimento  do fluxo que se desloca em direção ao transdutor é mostrado em vermelho e o fluxo sanguíneo que se distancia do transdutor em azul. Já a variância é mostrada de verde, que indica alteração ou turbulência.

Por que o doppler é fundamental na cardiologia de pequenos animais?

Quando usado para realizar exames cardiológicos, o ultrassom veterinário com Doppler fornece dados precisos da direção e velocidade do fluxo sanguíneo no coração e nos vasos. Dessa forma, possibilita visualizar as estruturas vascularizadas aumentando, assim, a eficácia do exame. Além disso, o conjunto formado pelo ultrassom veterinário com doppler permite medir a pressão intratorácica e fazer o mapeamento do fluxo sanguíneo a partir do uso de cores e identificar se algo não tiver indo bem.

Inegavelmente, utilizando o ultrassom veterinário com doppler, o diagnóstico de doenças cardíacas em pequenos animais, sejam elas congênitas ou adquiridas é preciso e definitivo. Dessa maneira, as chances de realizar um tratamento bem-sucedido aumentam.

Se você gostou deste artigo e quer conhecer aparelhos de ultrassom que contenham o doppler, confira a nossa lista de produtos vendidos pelo Shop Veterinário!

Fonte: Revista Veterinária