Elastografia: conheça esse diferencial para a ultrassonografia veterinária

Elastografia: conheça esse diferencial para a ultrassonografia veterinária

Felizmente, as técnicas de diagnóstico por imagem na medicina veterinária evoluíram muitos nos últimos anos. E ainda continuam evoluindo constantemente. Com isso, cada vez mais recursos são adicionados ao dia a dia do profissional com a finalidade de identificar maior número de patologias. Um desses recursos é a elastografia.

Trata-se uma técnica que foi desenvolvida no final dos anos 90 e complementa a ultrassonografia veterinária. Hoje, com equipamentos cada vez mais modernos e precisos, tornou-se um diferencial para avaliar situações específicas, levando em consideração a elasticidade e a dureza dos tecidos. 

Você sabe do que se trata a elastografia? Continue lendo esse artigo e conheça mais dessa técnica, como funciona e os seus benefícios! 

O que é e como surgiu a elastografia? 

Os tecidos moles são constituídos por moléculas de gordura, fibras colágenas, elastina, água e outros. Esses elementos determinam a sua elasticidade, dureza e mobilidade, a partir de uma força aplicada sobre ele. 

De maneira geral, as alterações patológicas estão diretamente relacionadas às mudanças na dureza do tecido. No entanto, não são raros os casos em que, mesmo com a diferença de dureza ou mobilidade, o tamanho de uma lesão impede a sua identificação por meio de métodos tradicionais de diagnóstico. Também podem ou não ter propriedades acústicas que permitam o diagnóstico por meio do ultrassom. 

É nesse sentido que surgiu a elastografia como um método associado à ultrassonografia veterinária capaz de fornecer um conjunto de informações sobre as propriedades acústicas e os atributos mecânicos de uma área de interesse em relação ao tecido adjacente. 

Por isso, a interpretação correta das imagens geradas a partir da elastografia requer a compreensão dos atributos mecânicos do tecido, ou seja, da relação de dureza e elasticidade, assim como o conhecimento dos diversos métodos de processamento da imagem. 

Qual o conceito por trás da técnica?

Apesar de ser um método ainda não muito difundido, o uso da elastografia como auxiliar na ultrassonografia veterinária é promissora, devido ao alto nível de precisão dos diagnósticos. 

A aplicação dessa técnica está ligada diretamente com princípios da física e envolvem conceitos relacionados a: 

  • Força;
  • Elasticidade;
  • Compressão;
  • Tração e tensão dos tecidos.

No mais, existem duas técnicas para a realização do exame: a elastografia qualitativa, ou elástica, e a quantitativa, ou de imagem sonoelástica. 

Na elastografia estática (qualitativa), a onda sonora é emitida pelo transdutor. Ao mesmo tempo que é feita uma leve compressão manual na área. Com isso, a imagem gerada é feita a partir da deformação dos tecidos. Assim, é possível observar que os tecidos mais duros tem menor deformação ao receber a compressão, enquanto os mais moles apresentam maior deformação.  Essa deformidade sofrida pelo tecido é representada em uma escala de cores, conforme a variação elástica. O vermelho corresponde a tecidos mais macios, o verde a tecidos que apresentam deformidade intermediária, e o azul corresponde àqueles com menor deformação, ou seja, maior dureza.

É importante lembrar que, nesse tipo de elastografia, a imagem não é exata. Além disso, existe um índice de dureza que pode ser estimado comparando-se a dureza da lesão com a de uma região adjacente de referência. 

Na elastografia sonoelástica, ou quantitativa, há aplicação de uma energia vibracional de baixa frequência no tecido. Com isso, ocorre uma detecção de ondas de Doppler na ultrassonografia. Essa onda irá demonstrar a perturbação hemodinâmica ocasionada pelas vibrações. Nesse último caso, os dados obtidos com a ferramenta Doppler resultam em uma imagem que demonstra o módulo elástico calculado do comprimento de onda no local da vibração. O que facilita na identificação de lesões ou patologias.

Quais são as melhorias proporcionadas pela elastografia?

A elastografia tem papel significativo em alguns casos específicos. Principalmente naqueles em que os métodos de diagnósticos tradicionais não conseguem captar as alterações em estágios muito iniciais.

Para fazer a elastografia em tempo real é preciso ter um equipamento de ultrassom veterinário com um software específico integrado. Dessa forma, é possível realizar exames de forma mais simples e segura. Na medicina veterinária, essa técnica funciona como  suporte no diagnóstico de tumores prostáticos, acompanhamento de lesões focais e na identificação de neoplasias mamárias.

E aí, gostou de conhecer sobre a elastografia? É sempre bom aprender mais sobre técnicas que possam melhorar o diagnóstico, não é mesmo? E, para continuar aprendendo, acesse o nosso artigo sobre outras tecnologias veterinárias!

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Fonte: Revista Veterinária