Claudicação em equinos: entenda os desafios do diagnóstico!

Você sabe como diagnosticar a claudicação em equinos?

Quem trabalha com cavalos, sobretudo profissionais especializados em ortopedia, sabe que um dos principais problemas encontrados é a claudicação em equinos. Popularmente conhecida como manqueira, esse distúrbio ósseo-muscular é uma das principais causas de afastamento do animal de suas atividades, sobretudo aqueles que são atletas ou que trabalham com o transporte de cargas.

No entanto, inegavelmente, um diagnóstico preciso, por meio do ultrassom veterinário, pode ser fundamental para identificar o problema logo no início. Desse modo, evita o desligamento do animal das atividades e até mesmo o seu sacrifício, em casos mais avançados.

Já que esse é um assunto tão relevante, neste artigo vamos detalhar mais sobre o o problema e apontar as principais formas de diagnóstico da claudicação em equinos. Se você se interessa pelo assunto, não deixe de conferir. Boa leitura!

Quais são as causas da claudicação em equinos?

Certamente, podemos dizer que a claudicação em equinos é um sinal clínico derivado de um distúrbio estrutural ou funcional. O problema é identificado a partir da observação da alteração na postura e/ou locomoção do cavalo. Assim, quando ele apresenta a manqueira, uma simples caminhada pode causar muita dor e desconforto. Isso sem falar que é um das principais causas do afastamento dos animais da carreira esportiva  e atlética.

A claudicação pode ser classificada em três tipos:

  • mecânica
  • neurológica
  • dolorosa

É importante destacar que a mais comum nas consultas é a claudicação de origem dolorosa.

Nesse sentido, essa doença tão frequente em equinos pode ter causas variadas. Sendo assim, as principais são traumas, anomalias congênitas ou adquiridas, infecções, desordem circulatória e nervosa, cravo mal pregado e desgastes com feridas em geral. Ademais, não são raros os casos de claudicação de origem inflamatória ou deformidades permanentes.

A grande maioria das ocorrências de manqueira acometem os membros anteriores do animal. Isso ocorre pois estes são os principais responsáveis pelo amortecimento dos impactos,  impulsionamento e por suportar o peso do animal durante as corridas.

Como principal impacto negativo, podemos citar:

  • Manqueira
  • Queda no rendimento físico
  • Menor desempenho
  • Dor
  • Incômodo
  • Má qualidade de vida

Lembrando que em alguns caos pode levar até ao sacrifício do animal destacando a importância do diagnóstico precoce.

Como diagnosticar de forma precisa?

Por ser uma enfermidade com causas e tipos variados, o diagnóstico precisa ser exato. Mais do que isso, o médico veterinário necessita ter um conhecimento anatômico e fisiológico da movimentação dos membros do cavalo, avaliar a escala de dor do animal, observar com cuidado o seu comportamento e coletar informações suficientes para montar o diagnóstico. Além disso, é preciso ser capaz de avaliar o desenho geométrico e das forças resultantes sobre os cascos dos cavalos.

Nesse sentido, é importante que o médico veterinário seja capaz de diferenciar uma claudicação que resulta de dor daquelas que resultantes de alterações dolorosas ao andar (claudicação mecânica). No entanto, há casos que são muito complexos e representam verdadeiros desafios para o profissional menos experiente.
Nesse sentido, alguns métodos e observações de como realizar um bom diagnóstico de claudicação em equinos.

A seguir, confira o passo a passo para diagnosticar a claudicação em equinos!

Anamnese

A anamnese é a primeira etapa da avaliação dos equinos. Esta técnica consiste em conversar com o proprietário do animal para coletar informações relevantes sobre o início dos sintomas, hábitos do animal e seu comportamento.

Exame visual

O exame visual consiste na observação dos movimentos do animal. O médico veterinário precisa observar como ele caminha normalmente, trota, corre e também submetê-lo à caminhada em círculo para perceber a existência de alterações.

Testes de flexão

O teste de flexão consiste em flexionar os membros e as articulações dos equinos. Com isso é possível observar se há algum realce dos focos inflamatórios que evidenciam a dor. Durante esse teste é possível identificar casos mais avançados do problema.

Exame meticuloso

Este é um exame detalhado para a confirmação da existência da claudicação e também para identificar o foco de dor no animal.

Nesta etapa, o médico veterinário utiliza técnicas avançadas de diagnóstico com auxílio da infiltração de anestésico local ou anestesia intra-articular.

Diagnóstico por imagem

Após localizar o foco da dor, o médico veterinário deve fazer uma exploração rigorosa da área. Para isso, ele pode utilizar a ultrassonografia veterinária. o equipamento de ultrassom possui recursos modernos de imagem que permitem enxergar com precisão alterações ósseas e nos tendões. Portanto, é essencial para um diagnóstico completo, rápido e preciso.

Tratamento e prevenção

A partir da observação dos sintomas da claudicação em equinos e do diagnóstico obtido, o tratamento pode ser realizado a partir de dois aspectos:

  • sintomático: a partir dos sintomas são oferecidos analgésicos para alívio da dor;
  • específico: tratamento indicado para cada tipo de manqueira, de acordo com o resultado do diagnóstico.

A melhor forma de deixar a claudicação longe dos animais é investir na prevenção. Algumas atitudes como as descritas abaixo podem ser fundamentais para manter a saúde ortopédica de seus animais em dia. Confira:

  • evitar ganho de peso excessivo;
  • evitar a alta ingestão exagerada de hidratos de carbono (açúcares);
  • seleção genética para reduzir a incidência de problemas congênitos;
  • fazer a preparação física adequada do animal
  • deixar os pisos adequados ao seu conforto
  • fazer o manejo nutricional adequado

A claudicação em equinos é uma doença que pode ser evitada. Em todo caso, o diagnóstico preciso pode ser fundamental para evitar a aposentadoria do animal de suas atividades. Por isso, invista em técnicas modernas de diagnóstico, como ultrassom veterinário!

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Fontes: FAEF, Escola do Cavalo e Revista Veterinária