Avaliação de precocidade sexual em touros: vantagens e características

precocidade sexual em touros

A precocidade sexual em touros tem ligação direta com a lucratividade, a eficácia econômica e a melhora genética do rebanho. Com a antecipação da puberdade, é possível introduzir animais jovens mais cedo no ciclo reprodutivo. Além disso, os touros precoces apresentam sêmen com elevada qualidade.

As características da precocidade estão relacionadas com questões de manejo nutricional antes e depois do processo de desmamar o tourinho, à linhagem do animal, às causas genéticas e também ao estado de sanidade adequada. Tudo isso interfere nas idades dos eventos reprodutivos e no potencial genético animal. 

A puberdade significa o começo da fase reprodutiva do bovino e consiste em um período introdutório para a maturidade sexual, fase em que terá o maior desempenho. Neste artigo, saiba as vantagens da precocidade sexual em touros e como os médicos veterinários podem avaliar o animal para descobrir a antecipação.

Vantagens

Em primeiro lugar, os machos têm três estações de monta características: a primeira, chamada de pós-nascimento, que ocorre ao pé da mãe; a segunda com a recria e a terceira após nascimento da cria. Então, quando se verifica a precocidade sexual em touros, esses animais podem entrar no processo de reprodução ainda na segunda estação se atingir a maturidade sexual ou usar técnicas de reprodução para coleta do sêmen e uso em inseminação.

Em virtude dessa antecipação, o número de gerações nascidas terá períodos menores. Além disso, é possível melhorar geneticamente o rebanho de forma mais rápida, sem esperar que o animal atinja a idade adulta. Outro benefício é a diminuição com os custos de alimentação animal e o aumento do retorno financeiro para os produtores, já que ao longo da vida produzirá muito mais descendentes.

Avaliação

Para definir a precocidade sexual em touros, é importante conhecer a principal definição vigente entre os pesquisadores. A puberdade é delimitada como a idade em que o touro produz ejaculado com o mínimo de 50 milhões de espermatozóides e com 10% de motilidade progressiva. O uso dessa metodologia é de alta aplicabilidade na veterinária e permite saber o estágio reprodutivo do bovino.

Cabe destacar que as características corporais têm correlação com a fase reprodutiva. O peso, a altura e largura da garupa e o perímetro do tórax estão diretamente relacionados com a etapa puberal e a maturidade sexual. Por isso, uma das formas de avaliar a precocidade sexual em touros é de forma visual pelo acúmulo do tecido adiposo. 

Em torno de 16 e 18 meses, o corpo do animal começa a depositar gordura em certas partes, o que evidencia a precocidade. Em geral, cinco regiões precisam ser visualizadas: patinho, picanha, linha dorso-lombar, paleta e peito. Se o animal permitir, pode-se tocar para perceber a gordura.

Dois aspectos também sinalizam a precocidade. Ter a virilha baixa e ter o comprimento de costelas maior do que sua altura ao solo. Contudo, apenas a avaliação visual não é suficiente para saber o estado reprodutivo do macho bovino.

Ultrassonografia na avaliação de precocidade sexual em touros

O uso do exame de ultrassom é fundamental para atestar a precocidade sexual em touros. Isso se deve ao fato de o exame de imagem possibilitar avaliar o perímetro escrotal de forma não invasiva e que não tenha efeitos negativos no sêmen.

O potencial de avaliação da ultrassonografia é grande para saber se o animal está na puberdade. Com a técnica, é possível investigar as túnicas fibrosas, a parênquima e o mediatismo. Contudo, exige que o profissional avalie criteriosamente as imagens, observe as mudanças e saiba interpretá-las.

São sinais de precocidade sexual em touros quando a parênquima testicular tem alterações durante o desenvolvimento, com proliferação celular e produção de fluídos, e o aumento da ecodensidade dos testículos.

Nossa parceira CENVA Pós-graduação em Reprodução e Produção de Bovinos oferece capacitação profissional individual para você investir em sua carreira e ter maior lucratividade em seu trabalho. 

Fontes: CBRA; Embrapa; UFV; Assessoria Agropecuária; Manual da Vet.

Bovinos

Atualizado em: 19 de outubro de 2021